A formação de um educador como profissional na área acadêmica fica muito além de sua experiência prática e seus conhecimentos fora dela. É preciso de conhecimentos que criem uma interface entre o empirismo e a arte de como ensinar de forma científica. Neste contexto, a titularidade de um docente com vasta experiência não-acadêmica e com formação pedagógica e didática, tendo como pilares a arte e ciência da educação e do ensino, é de essencial importância para que a educação chegue aos educandos de forma correta e assimilativa. A didática do ensino é uma extraordinária técnica para o ensinamento dos educandos, pois mostra que saber ensinar não é somente ter experiência fora da sala de aula. Precisa saber como lhe dar com os alunos de forma científica, apresentando as técnicas corretas para o ensino-aprendizado correto. Ao explicar como a Didática do Ensino Superior pode ser eficaz na formação do educando, será apresentado seu conceito histórico e o reconhecimento pela importância do ensino ou da aprendizagem. Também, serão contrastadas as diferentes abordagens a cerca do processo de aprendizagem e os princípios da Pedagogia e da Andragogia, bem como os fatores que contribuem para eficácia da aprendizagem.
Embora o educador seja visto como o principal elemento do processo de aprendizagem, ele não tem por natureza o domínio total de fatores que estão relacionados aos estudantes, tais como suas particularidades pessoais, necessidades e interesses. Na maioria das circunstâncias, não detém capacidade de influenciar a políticas organizacionais e administrativas da escola. Entretanto, ele responde muito bem, ao conhecimento da disciplina que ministra, as habilidades para comunicação dos conteúdos, a maestria em relação ao uso de recursos instrucionais e ao clima estabelecido em sala de aula. Se não for responsável para tanto não será apto eticamente e nem digno de sua profissão de professor.
A preparação dos educadores para o ensino básico é oferecida em qualquer curso de disciplinas de cunho pedagógico. A palavra pedagogia refere-se somente à condução de crianças; cursos dessa natureza não seriam adequados para a preparação de professores universitários, cujos alunos, embora nem sempre sejam adultos, estão mais próximos dessa etapa da vida do que da infância. Por essa razão é que a partir do último quartel do século XX, graças ao aparecimento do livro the modern practice of adult education de Malcom Knowles (1970), começou a popularizar-se o termo andragogia para referir-se à arte e a ciência de orientar adultos a aprender.
A andragogia fundamenta-se nos seguintes princípios:
Conceito de aprendente. Este conceito é adotado como alternativa ao de “aluno” ou “formando”. O aprendente, ou aquele que aprende, é autodirigido, o que significa que a responsável pela sua aprendizagem e estabelece e delimita o seu percurso educacional.
Necessidade do conhecimento. Os adultos sabem melhor do que as crianças da necessidade de conhecimento. Eles se sentem muito mais responsáveis pela sua aprendizagem e pela delimitação de seu percurso educacional.
Motivação para aprender. O modelo andragógico leva em conta as motivações externas, como melhor trabalho e aumento salarial, mas também, valoriza, particularmente, as motivações internas relacionadas com sua própria vontade de crescimento, como auto-estima, reconhecimento, autoconfiança e atualização das potencialidades pessoais.
Papel da experiência. Os adultos entram num processo educativo com experiências bastante diversas e é a partir delas que eles se dispõem a participar ou não de algum programa educacional. Por isso, essas experiências devem ser aceitas como fonte de recursos a serem valorizados e partilhados, servindo base para a formação acadêmica. Os conhecimentos dos professores e os recursos institucionais, como os livros e as projeções, são fontes que por si só não garantem o interesse pela aprendizagem. Devem ser vistos como opções que são colocadas à disposição para livre escolha do aprendiz.
Prontidão para o aprendizado. O adulto tem uma orientação mais pragmática do que a da criança. O adulto está pronto para aprender o que decide aprender. Ele se torna disponível par aprender quando pretende melhorar seu desempenho em relação a determinado aspecto de sua vida. Sua seleção de aprendizagem é natural e realista; por isso, muitas vezes ele se nega a aprender o que os outros lhe impõem. Além disso, sua retenção tende a decrescer quando percebe que o conhecimento não pode ser aplicado imediatamente. Assim, convém organizar as experiências de aprendizagem de acordo com as unidades temáticas que tenham sentido e sejam adequadas às tarefas que os adultos são solicitados a realizar nos seus diversos contextos de vida.
Dessa forma, uma educação no contexto andragógico requer elaboração de diagnósticos de necessidades e interesses dos estudantes; definição de objetivos e planejamento das tarefas com a participação dos estudantes; estabelecimento de um clima cooperativo, informal e de suporte a aprendizagem; seleção de conteúdos significativos para os estudantes; definição de contratos e projetos de aprendizagem; aprendizagem orientada para tarefas ou centrada em problemas; uso de projetos de investigação, estudo independente e técnicas vivenciais; valorização da discussão e da solução de problemas em grupo; utilização de procedimentos de avaliação diretamente relacionados à aprendizagem.
Embora a adoção do conceito de Andragogia não seja consensual, pode-se afirmar que a prática docente do professor universitário pode ser significativamente melhorada com a adoção de seus princípios.
Para garantir um aprendizado eficaz alguns fatores entram em confronto para que os discentes se capacitem e tentam compreender fatos e teorias, desenvolvendo habilidades para resolução de problemas mais complexos. Há três fontes individuais que influenciam de aprendizagem: o estudante, o professor e o curso. Essas fontes, no entanto, relacionam entre si algumas variáveis. As relacionadas aos alunos referem-se as suas aptidões, aos seus hábitos de estudo e a sua motivação. As variáveis relacionadas aos professores referem-se principalmente aos conhecimentos relativos à matéria a suas habilidades pedagógicas, a sua motivação e sua percepção a cerca da educação. As variáveis relacionadas ao curso, por fim, referem-se aos objetivos propostos e aos métodos utilizados para melhor alcançá-los.
As habilidades, motivações e hábitos de alunos em relação aos estudos, não são, suficientemente, os sucessos da melhor aprendizagem. Cabe, portanto, considerar o papel do professor nesse processo.
O que mais se considera importante é o conhecimento de que professor dispõe, em relação à matéria que ensina. Nesse sentido, o educador que conhece bem os conteúdos da disciplina que ministra, demonstra muito mais segurança ao ensinar, expõe com maior propriedade e é capaz de responder sem maiores dificuldades as perguntas formuladas pelos alunos. No entanto, há outros fatores a serem considerados, já que alguns professores mostram ser mais competentes que outros para manter os alunos atentos, para explanar conceitos complexos e para criar uma ambiente agradável em sala de aula. Assim, pode ser considerado que a efetiva prática do professor universitário está envolvida nos conhecimentos específicos relacionados à matéria, as suas habilidades pedagógicas e à sua motivação.
No que se concerne às habilidades pedagógicas do professor universitário, a respeito do nível de ensino, não têm sido devidamente considerado ao longo da história. Tanto dos professores de ensino fundamental quanto do ensino médio, há muito tempo se exige formação específica quer por meio de curso normal - hoje em nível superior - quer de licenciaturas específicas.
Nesses cursos, mediante disciplinas como Didática, Metodologia do Ensino, Psicologia da Aprendizagem, e a Prática de Ensino, os professores podem desenvolver as habilidades necessárias para o desempenho de suas atribuições de educador. Dos professores universitários exige-se hoje, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, formação em nível de pós-graduação, prioritariamente em programa de mestrado e doutorado. Ocorre, porém, que a maioria desses programas não contempla seus concluintes com disciplina de caráter didático-pedagógico. Dessa forma, o desenvolvimento de habilidades pedagógicas dos professores universitários costuma se dar por meio de cursos específicos ou de leituras desenvolvidas individualmente. Muitos professores também conseguem, por meio da intuição e experiência, obter altos níveis de capacitação pedagógica. Outros, no entanto, tendem a permanecer carentes de habilidades pedagógicas ao longo de toda sua vida acadêmica.
O aprendizado dos alunos também tema haver com a motivação do professor. Quando o professor está motivado para ensinar e demonstrar seu entusiasmo com a matéria, cria-se um clima muito mais favorável para a aprendizagem. E convém considerar que essa motivação depende muito menos do salário e das condições de ensino do que do quão responsável o professor se sente pelo aprendizado dos alunos e quão realizadora e desafiadora é a sua missão.
Embora o educador seja visto como o principal elemento do processo de aprendizagem, ele não tem por natureza o domínio total de fatores que estão relacionados aos estudantes, tais como suas particularidades pessoais, necessidades e interesses. Na maioria das circunstâncias, não detém capacidade de influenciar a políticas organizacionais e administrativas da escola. Entretanto, ele responde muito bem, ao conhecimento da disciplina que ministra, as habilidades para comunicação dos conteúdos, a maestria em relação ao uso de recursos instrucionais e ao clima estabelecido em sala de aula. Se não for responsável para tanto não será apto eticamente e nem digno de sua profissão de professor.
A preparação dos educadores para o ensino básico é oferecida em qualquer curso de disciplinas de cunho pedagógico. A palavra pedagogia refere-se somente à condução de crianças; cursos dessa natureza não seriam adequados para a preparação de professores universitários, cujos alunos, embora nem sempre sejam adultos, estão mais próximos dessa etapa da vida do que da infância. Por essa razão é que a partir do último quartel do século XX, graças ao aparecimento do livro the modern practice of adult education de Malcom Knowles (1970), começou a popularizar-se o termo andragogia para referir-se à arte e a ciência de orientar adultos a aprender.
A andragogia fundamenta-se nos seguintes princípios:
Conceito de aprendente. Este conceito é adotado como alternativa ao de “aluno” ou “formando”. O aprendente, ou aquele que aprende, é autodirigido, o que significa que a responsável pela sua aprendizagem e estabelece e delimita o seu percurso educacional.
Necessidade do conhecimento. Os adultos sabem melhor do que as crianças da necessidade de conhecimento. Eles se sentem muito mais responsáveis pela sua aprendizagem e pela delimitação de seu percurso educacional.
Motivação para aprender. O modelo andragógico leva em conta as motivações externas, como melhor trabalho e aumento salarial, mas também, valoriza, particularmente, as motivações internas relacionadas com sua própria vontade de crescimento, como auto-estima, reconhecimento, autoconfiança e atualização das potencialidades pessoais.
Papel da experiência. Os adultos entram num processo educativo com experiências bastante diversas e é a partir delas que eles se dispõem a participar ou não de algum programa educacional. Por isso, essas experiências devem ser aceitas como fonte de recursos a serem valorizados e partilhados, servindo base para a formação acadêmica. Os conhecimentos dos professores e os recursos institucionais, como os livros e as projeções, são fontes que por si só não garantem o interesse pela aprendizagem. Devem ser vistos como opções que são colocadas à disposição para livre escolha do aprendiz.
Prontidão para o aprendizado. O adulto tem uma orientação mais pragmática do que a da criança. O adulto está pronto para aprender o que decide aprender. Ele se torna disponível par aprender quando pretende melhorar seu desempenho em relação a determinado aspecto de sua vida. Sua seleção de aprendizagem é natural e realista; por isso, muitas vezes ele se nega a aprender o que os outros lhe impõem. Além disso, sua retenção tende a decrescer quando percebe que o conhecimento não pode ser aplicado imediatamente. Assim, convém organizar as experiências de aprendizagem de acordo com as unidades temáticas que tenham sentido e sejam adequadas às tarefas que os adultos são solicitados a realizar nos seus diversos contextos de vida.
Dessa forma, uma educação no contexto andragógico requer elaboração de diagnósticos de necessidades e interesses dos estudantes; definição de objetivos e planejamento das tarefas com a participação dos estudantes; estabelecimento de um clima cooperativo, informal e de suporte a aprendizagem; seleção de conteúdos significativos para os estudantes; definição de contratos e projetos de aprendizagem; aprendizagem orientada para tarefas ou centrada em problemas; uso de projetos de investigação, estudo independente e técnicas vivenciais; valorização da discussão e da solução de problemas em grupo; utilização de procedimentos de avaliação diretamente relacionados à aprendizagem.
Embora a adoção do conceito de Andragogia não seja consensual, pode-se afirmar que a prática docente do professor universitário pode ser significativamente melhorada com a adoção de seus princípios.
Para garantir um aprendizado eficaz alguns fatores entram em confronto para que os discentes se capacitem e tentam compreender fatos e teorias, desenvolvendo habilidades para resolução de problemas mais complexos. Há três fontes individuais que influenciam de aprendizagem: o estudante, o professor e o curso. Essas fontes, no entanto, relacionam entre si algumas variáveis. As relacionadas aos alunos referem-se as suas aptidões, aos seus hábitos de estudo e a sua motivação. As variáveis relacionadas aos professores referem-se principalmente aos conhecimentos relativos à matéria a suas habilidades pedagógicas, a sua motivação e sua percepção a cerca da educação. As variáveis relacionadas ao curso, por fim, referem-se aos objetivos propostos e aos métodos utilizados para melhor alcançá-los.
As habilidades, motivações e hábitos de alunos em relação aos estudos, não são, suficientemente, os sucessos da melhor aprendizagem. Cabe, portanto, considerar o papel do professor nesse processo.
O que mais se considera importante é o conhecimento de que professor dispõe, em relação à matéria que ensina. Nesse sentido, o educador que conhece bem os conteúdos da disciplina que ministra, demonstra muito mais segurança ao ensinar, expõe com maior propriedade e é capaz de responder sem maiores dificuldades as perguntas formuladas pelos alunos. No entanto, há outros fatores a serem considerados, já que alguns professores mostram ser mais competentes que outros para manter os alunos atentos, para explanar conceitos complexos e para criar uma ambiente agradável em sala de aula. Assim, pode ser considerado que a efetiva prática do professor universitário está envolvida nos conhecimentos específicos relacionados à matéria, as suas habilidades pedagógicas e à sua motivação.
No que se concerne às habilidades pedagógicas do professor universitário, a respeito do nível de ensino, não têm sido devidamente considerado ao longo da história. Tanto dos professores de ensino fundamental quanto do ensino médio, há muito tempo se exige formação específica quer por meio de curso normal - hoje em nível superior - quer de licenciaturas específicas.
Nesses cursos, mediante disciplinas como Didática, Metodologia do Ensino, Psicologia da Aprendizagem, e a Prática de Ensino, os professores podem desenvolver as habilidades necessárias para o desempenho de suas atribuições de educador. Dos professores universitários exige-se hoje, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, formação em nível de pós-graduação, prioritariamente em programa de mestrado e doutorado. Ocorre, porém, que a maioria desses programas não contempla seus concluintes com disciplina de caráter didático-pedagógico. Dessa forma, o desenvolvimento de habilidades pedagógicas dos professores universitários costuma se dar por meio de cursos específicos ou de leituras desenvolvidas individualmente. Muitos professores também conseguem, por meio da intuição e experiência, obter altos níveis de capacitação pedagógica. Outros, no entanto, tendem a permanecer carentes de habilidades pedagógicas ao longo de toda sua vida acadêmica.
O aprendizado dos alunos também tema haver com a motivação do professor. Quando o professor está motivado para ensinar e demonstrar seu entusiasmo com a matéria, cria-se um clima muito mais favorável para a aprendizagem. E convém considerar que essa motivação depende muito menos do salário e das condições de ensino do que do quão responsável o professor se sente pelo aprendizado dos alunos e quão realizadora e desafiadora é a sua missão.